sexta-feira, 5 de abril de 2013

Previna crises de alergia nas crianças com oito cuidados

É fácil saber se o seu filho tem predisposição genética a alergias: basta olhar o histórico familiar. Segundo o International Study of Asthma and Allergies (ISAAC), quando um dos pais tem uma alergia, o risco de o filho também ter algum tipo é quatro vezes maior. Se o casal tiver o problema, o risco para a criança passa a ser sete vezes maior. Mas isso não quer dizer que ele terá alguma crise logo nos primeiros meses de vida. "Normalmente, os primeiros acessos de alergia ocorrem antes dos dez anos de idade, mas podem aparecer até na fase adulta", afirma o pediatra Antonio Carlos Turner, coordenador do serviço de Pediatria do Hospital Balbino (RJ) e membro da Sociedade Brasileira de Imunizações. Existe uma lista de hábitos capazes de retardar ou até evitar o desenvolvimento de quadros alérgicos e os especialistas explicam cada um deles para você. 

Bebê mamando na mãe - Foto: Getty Images

Amamentação exclusiva até os seis meses de vida

Essa recomendação é unânime entre os especialistas: a amamentação fornece anticorpos e nutrientes que aumentam a proteção do bebê contra alergias. Leite de vaca ou qualquer outro alimento não tem tantos benefícios assim. Mas não se engane: é comum parecer que o bebê tem mais refluxo quando amamentado e a mãe pode achar que isso é sinal de alergia ou intolerância. "O leite materno tem digestão mais fácil e também provoca mais casos de regurgitação, mas isso não é um problema para o bebê", afirma o pediatra Antonio Carlos. 
Criança dando beijo no cachorro - Foto: Getty Images

Animais de estimação

Há alguns estudos indicando que a criança que tem contato com bicho de estimação desde pequena pode ficar mais resistente a alergias. "Mas ainda são necessárias pesquisas mais aprofundadas para realmente comprovar esse efeito", afirma a alergista Ana Paula Castro, diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI) e médica da Unidade de Alergia e Imunologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (USP). Ela recomenda evitar que os animais com pelos e penas fiquem dentro do quarto da criança, principalmente na hora de dormir. "Fique atento também se a criança costuma espirrar, coçar os olhos ou ter outros sintomas de alergia quando brinca com o bicho." 
Pediatra e criança - Foto: Getty Images

Acompanhamento pediátrico

Levar o filho ao médico somente quando ele está doente não é a melhor forma de prevenir alergias. "A consulta regular ajuda a promover o bem-estar da criança e a manter a saúde, evitando doenças", afirma Antonio Carlos Turner. O pediatra também ajuda a mãe a perceber sintomas de alergias na criança. Por isso, o bebê deve ser levado ao médico uma vez por mês até chegar aos seis meses de vida. Depois dessa fase, a consulta pode ser mais espaçada, de acordo com a orientação do especialista. 
Mãe passando protetor solar na criança - Foto: Getty Images

De olho na pele

"Em boa parte das crianças com até cinco anos de idade, a dermatite atópica (alergia na pele) é o primeiro sintoma de alergia", afirma o alergista e imunologista Marcello Bossois, coordenador do Projeto Social Brasil Sem Alergia. Se o seu filho tem predisposição genética, vale ter o cuidado dobrado de comprar xampus, sabonetes e outros cosméticos neutros e hipoalérgicos, para não deixar a pele irritada e mais sensível. Meninas que brincam com maquiagem precisam usar produtos feitos especialmente para crianças, de preferência com aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 
Criança comendo melancia - Foto: Getty Images

Alimentação adequada

Vitaminas, minerais e outros nutrientes devem fazer parte do prato da criança para deixá-la sempre com as defesas do organismo prontas para combater agentes do ambiente que causem alergias. Inclua no cardápio frutas, legumes, verduras, peixe e castanhas. Um estudo da University of Gothenburg, na Suécia, publicado no periódico Acta Paediatrica, indicou que crianças que começam a comer peixe a partir dos nove meses de idade são menos propensas a sofrer com a respiração ofegante na idade pré-escolar, complicação relacionada à asma. 
Pais brigando na frente da criança - Foto: Getty Images

De olho no estresse

Tanto a rotina estressante quanto episódios trágicos que possam causar muita tristeza na criança podem deixar o corpo mais vulnerável a alergias. "A criança pode desencadear um quadro alérgico, por exemplo, depois da separação dos pais", afirma a alergista Ana Paula. Procure conversar sempre com seu filho e prestar atenção no seu comportamento. Se achar necessário, busque a ajuda de um psicólogo. 
Quarto infantil - Foto: Getty Images

Crie um "quarto hipoalérgico"

Para evitar rinite alérgica, elimine os focos de mofo e os objetos que acumulam ácaro, poeira e outros alérgenos, como cortinas de tecido, almofadas, tapetes peludos e bichos de pelúcia. Segundo os especialistas, se esses itens estiverem presentes no quarto, é preciso manter o cuidado de limpá-los sempre e deixá-los no sol algumas vezes. As janelas precisam ser abertas todos os dias a fim de deixar o ambiente ventilado. Para evitar irritações na mucosa nasal por causa do cheiro forte de produtos de limpeza, mantenha a criança fora do quarto até uma hora após a limpeza. 
Menina de boia fazendo natação - Foto: Getty Images

Incentive o seu filho a fazer natação

A natação é uma ótima atividade para fortalecer os músculos e aumentar a resistência do sistema respiratório e cardiovascular, ajudando a prevenir asma e outras alergias respiratórias. "Mas prefira piscinas de água aquecida e com sal, pois a temperatura fria e o cloro podem agravar crises alérgicas em longo prazo", recomenda o alergista Marcello. Se nadar não for o hábito predileto do seu filho, incentive outra atividade física que ele goste - todo exercício traz benefícios ao aparelho cardiorrespiratório da criança. 







Vença os desafios do namoro à distância

O final do ano é a fase em que muitas pessoas planejam uma grande mudança na vida: estudar ou trabalhar em uma cidade distante ou outro país. Um dos maiores desafios dessa decisão é manter um relacionamento amoroso com o parceiro que fica. Saudades, ciúmes, confiança, regras, falta de contato físico - tudo pode ser um tremendo motivo para terminar, mas especialistas afirmam que é possível contornar a situação. Casais que se veem todo dia podem ficar até mais distantes afetivamente do que casais que têm relacionamento à distância, mas mantêm um diálogo frequente. Já parou para pensar como está a sua situação? Aproveite os comentários de psicólogos para vencer a barreira física. 

Combinar regras - Getty Images

Combinar regras

Como será o relacionamento de vocês? Em que momento do dia vocês irão conversar? Combinar alguns pontos da relação ajuda a evitar desentendimentos desnecessários. "A principal regra é compreender que a distância é passageira e que, naquele momento, é necessária", afirma o psicólogo Breno Rosostolato, professor da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo. 

Às vezes, a correria deixa pouco tempo do dia para o casal conversar e não vale a pena gastar esse momento brigando. Segundo o psicólogo Vitor Sampaio, de São Paulo, estabelecer regras pode ser mais fácil se o casal tiver ideias parecidas. "É difícil ficar com alguém que tem crenças e objetivos de vida opostos aos nossos ou simplesmente que apontem para um estilo de vida no qual não nos vemos", diz.  

Mulher conversando pela webcam - Getty Images

Diálogo

Mais importante do que ter ou não personalidade similar a do parceiro é manter uma sintonia. Vitor Sampaio explica que o casal deve saber o que rege seus sentimentos e comportamentos, entender as brigas e os planos e compreender o sentido que rege o "estar junto". A melhor forma de alcançar isso é com o diálogo. "A conversa é a base para estabelecer regras e limites bem como expectativas para poder avaliar e manter o relacionamento", conta a psicóloga Andréia Calçada, do Rio de Janeiro. 

Cabe ao casal decidir quantas vezes esse diálogo acontecerá, se uma vez por dia ou três vezes por semana, por exemplo. "É importante manifestar os sentimentos nesse momento, mas sem cobrança ou em tom de desconfiança", opina o psicólogo Breno. Esse também será o momento de vocês se divertirem juntos. Que tal fazer algo prazeroso, como comentar sobre um programa que os dois gostam de assistir ou um livro que os dois estão lendo?  

Casal tirando foto durante viagem de turismo - Getty Images

Encontros esporádicos

Encontrar-se depois de tanto tempo sem se ver pode gerar estranhamento, mas Andreia Calçada lembra que o que gera afinidade é o convívio. "Ao ficarem separadas, as pessoas conhecem pessoas e formas novas de viver e pensar e acabam mudando o jeito de ser sem perceber", explica. Manter sempre um contato, mesmo que virtual, ajuda a lidar com essas mudanças aos poucos e não de uma vez só.  
Homem nervoso na frente do notebook com um martelo - Getty Images

Ciúmes

Trabalhar a confiança é importante em todo relacionamento, principalmente se for à distância. "O estado de abandono pela ausência do parceiro muitas vezes é pautado num estado de ameaça e de perda, gerando insegurança", explica Breno Rosostolato. Mas ele conta que um casal que se conhece e sabe das características de cada um tem mais estrutura para suportar esse estado. Vale lembrar que, assim como você, o parceiro precisa conviver com outras pessoas. Ter ciúmes de amigos do mesmo sexo que o companheiro, por exemplo, pode ser exagerado demais. 

Casal abraçado na cama - Getty Images

Falta de contato físico

Essa ausência é difícil de suprir e cabe ao casal saber até que ponto consegue aguentar. "Conversar sobre tudo, sem exceções ajuda muito a confortar e reestabelecer a falta do carinho físico", recomenda o psicólogo Breno. Se essa falta não lhe incomodar, vale a pena fazer uma reflexão sobre o que a distância representa. "Será que você está fugindo de um contato mais íntimo ou está justamente buscando a possibilidade de um contato íntimo que acha difícil de permitir pessoalmente?", exemplifica Vitor Sampaio. Conversar com um psicólogo pode ajudar a encontrar uma resposta. 
Mulher conversando por telefone com porta-retrato na mão - Getty Images

Perspectivas futuras

Manter o relacionamento à distância por muito tempo pode ficar inviável. O casal precisa decidir junto quando isso irá acabar, mas falar sobre o futuro pode ser estressante quando não há decisões concretas. "Ainda assim, é necessário estabelecer essa conversa para que a realidade e as expectativas possam ser equilibradas e a ansiedade e o sofrimento diminuídos", diz a psicóloga Andreia. 

É bem provável que alguém tenha que ceder em algumas situações para conseguir um bem maior - o de ter a pessoa querida por perto. "Algumas pessoas sustentam a falsa crença de que ceder é parecer fraco", comenta Vitor. Ceder só será preocupante quando vier de apenas um lado da relação, já que os dois precisam se adequar e abrir mão de algumas coisas para ter um equilíbrio.  

Mulher triste com saudades - Getty Images

Conhecer melhor o outro

Mesmo entre pessoas casadas, o relacionamento é uma eterna troca de conhecimentos entre os dois, já que todos mudam com o passar dos anos. O psicólogo Breno lembra que tanto os momentos bons como os ruins ajudam a fortalecer a relação. "A intimidade e a cumplicidade são construídas justamente diante do conflito da distancia entre os amantes", diz o profissional. 




Inclua mais frutas na dieta com esses sete hábitos

Mais do que uma opção saudável de alimento, as frutas são essenciais para o bom funcionamento do organismo. Fontes de vitaminas e minerais, elas deveriam ser consumidas todos os dias em pelo menos três porções. Por isso, se essa regra ainda não faz parte da sua rotina e você quer aumentar a inclusão de frutas na dieta, preste atenção às dicas que as nutricionistas Amanda Epifanio Pereira, do Citen (Centro Integrado de Terapia Nutricional), e Daniela Cyrulin, de São Paulo, sugerem.

Suco de laranja - Foto Getty Images

Peça suco
A maioria dos restaurantes já oferece opções de sucos naturais no cardápio. Ainda assim, muitas pessoas optam por acompanhar a refeição com um calórico refrigerante. Se você é uma dessas pessoas, saiba que, além de não estar consumindo nenhum nutriente, você está colocando a sua saúde em risco, alerta a nutricionista Daniela.

Por outro lado, não pense que beber sucos naturais é uma alternativa ao consumo do alimento sólido. Isso porque as fibras presentes no bagaço e na casca são, em geral, desprezadas no preparo. Além disso, o suco é muito mais calórico, uma vez que, para produzir o equivalente a um copo, são utilizadas várias frutas.

Café da manhã - Foto Getty Images

Inclua frutas nas refeições
Ricas em nutrientes e também deliciosas, as saladas que combinam frutas e verduras podem ser uma boa saída para aumentar o consumo diário desse alimento. Em alguns casos, a união pode até se complementar, como acontece com a couve verde e a laranja. "O ferro presente no vegetal só é absorvido na presença da vitamina C, encontrada na fruta", explica a nutricionista Amanda.

Ela também sugere incluir frutas logo no café da manhã. Nesse caso, não é preciso qualquer preparação especial para consumo, já que esse momento, em geral, precede algum compromisso. Se houver tempo, entretanto, pratos quentes mais rebuscados para o almoço ou jantar, como lombo agridoce com abacaxi, são uma ótima opção.

Homem comendo maçã - Foto Getty Images

Leve uma fruta com você
"Transportar frutas para o trabalho deve ser encarado como um ato de cuidado com a saúde e com o corpo e não como um fardo ou sacrifício", critica Amanda. Afinal, a maioria das pessoas carrega dezenas de inutilidades em suas bolsas e mochilas. Por que não incluir uma simples fruta?

Se a relutância é o medo de que ela amasse, saiba que há diversos produtos no mercado para auxiliá-lo, desde simples potinhos plásticos até recipientes no formato de cada fruta. Na ausência de protetores, invista na maçã, que é bastante resistente.

Frutas variadas - Foto Getty Images

Coma nos intervalos das refeições
De acordo com as nutricionistas, o ideal é que uma pessoa não passe mais de quatro horas sem ingerir qualquer alimento. Por isso, além das três refeições principais - café da manhã, almoço e jantar - recomenda-se fazer pequenos lanchinhos. "Nesses intervalos, o mais indicado é consumir uma fruta, pois é um alimento rico em micronutrientes e fibras, pouco calórico e com variedades para cada dia", conta Daniela.

Segundo a especialista, todas as frutas são boas opções de lanches, mas quem está seguindo uma dieta deveria evitar o abacate e o açaí, que são bastante calóricos.

Frutas secas - Foto Getty Images

Aproveite as variedades
É inevitável que, em algumas situações, você não tenha tempo de ir ao supermercado ou ainda não tenha se interessado a nenhuma oferta de fruta. Nem por isso você está fadado a passar o dia sem consumi-la. Uma alternativa são as frutas desidratadas. Embora industrializadas, elas também são ricas em nutrientes. Há diversas opções no mercado, como damasco, ameixa, abacaxi e banana.

Outra opção é comprar polpa congelada. Como o processo ocorre bem perto da hora da colheita, a fruta mantém as suas propriedades nutritivas. O importante é não ter medo de experimentar as variedades.

Morangos - Foto Getty Images

Acompanhe a estação
Algumas frutas, como o morango e o caqui, não estão disponíveis o ano todo. A primeira é típica dos meses de junho e julho e o caqui é comum nos meses de maio e junho. Por isso, é importante ter em mente ou mesmo anotar o que é melhor em cada mês. "Frutas sazonais compradas fora de sua época podem desapontar o consumidor, fazendo com que ele não consuma esse alimento", explica a nutricionista Amanda.

Por isso, o ideal é aproveitar a fruta da estação e, na falta dela, é possível ainda encontrar outras opções o ano todo, como banana, laranja, maçã e pêra.

Vitamina - Foto Getty Images

Crie vitaminas
A grande vantagem das frutas é que elas seguem a mesma lei que rege a nutrição: quanto maior a variedade, melhor. Assim, não tenha medo de criar combinações e misturar sabores com água, leite ou verduras. O único problema é que o alimento perde parte de suas fibras são ser batido no liquidificador. Por isso, o consumo de frutas não deve ser limitado apenas às vitaminas. Fique atento também para não deixar a bebida muito tempo parada. Ela deve ser consumida imediatamente após o preparo.

sábado, 16 de março de 2013

Oito hábitos que garantem o sucesso da sua dieta

Alguns dramas são comuns entre as pessoas que estão de dieta: deixar de comer seus alimentos preferidos, lembrar-se de fazer todas as refeições, resistir às tentações... Vários pequenos hábitos que precisam ser mudados e nem sempre isso é uma tarefa fácil. "Primeiro é preciso entender que dieta não é sinônimo de comer menos ou só comer salada, e sim um conjunto de escolhas e fatores que beneficiam o seu corpo e refletem na balança", explica a nutricionista Roberta Stella, chefe da equipe de nutrição do programa Dieta e Saúde. Pensando nisso, separamos alguns hábitos essenciais para se manter firme na dieta e incluir a alimentação saudável de vez em sua rotina. Confira! 

homem decidindo entre granola e bolo - Foto Getty Images

Sem restrição

Tem gente que acredita que a dieta só funciona se você se priva de todos os alimentos que gosta, porque são calóricos. Apesar de resultarem em quilos a menos na balança, esses modelos não se sustentam em longo prazo. É o que afirma uma pesquisa feita pelo Instituto Nacional da Saúde e Pesquisa Médica da França, baseado em relatórios de mais de 100 mil pessoas, questionadas mensalmente durante três anos. Os dados revelaram que conselhos de especialistas em alimentação (nutricionistas e endocrinologistas) são mais eficientes para o emagrecimento quando comparado aos regimes restritivos. "Isso acontece porque a orientação de um profissional permite montar um cardápio variado com alimentos de sua preferência, afinal, fazer dieta é comer o que você gosta, mas em porções controladas", afirma a nutricionista Roberta Stella, do Dieta e Saúde. 
mulher dormindo - Foto Getty Images

Durma bem

Durante o sono nosso organismo produz a leptina, hormônio capaz de controlar a sensação de saciedade durante todo o dia. Por isso, pessoas que tem dificuldades para dormir produzem menores quantidades de leptina. "A consequência disso é ingestão exagerada de calorias durante o dia, pois o corpo não se sente satisfeito", explica o nutrólogo Roberto Navarro, da Associação Brasileira de Nutrologia. Além disso, pessoas que tem o sono restrito produzem mais do hormônio grelina, que provoca fome e reduz o gasto de energia. Segundo um estudo feito na Universidade de Chicago, pessoas que dormem de seis a oito horas por dia queimam mais gorduras do que aquelas que dormem pouco ou tem o sono fragmentado. De acordo com o estudo, dormir pouco reduz em 55% a queima de gordura. 
mulher mexendo no computador - Foto Getty Images

Internet pode ser uma aliada

Quem passa o dia inteiro trabalhando em frente ao computador sabe como é difícil ter um tempo para se dedicar ao mundo fora da rede - principalmente quando o assunto é mandar uma dieta saudável. Nesse caso, porque não usar a internet a seu favor? Uma pesquisa publicada na revista médica American Jornal of Preventive Medicine mostra cinco razões que tornam os programas de emagrecimento na internet eficazes: preço baixo; privacidade e anonimato online; suporte via e-mail, 0800 ou chat; comodidade; e programa de manutenção do peso após o emagrecimento. "Incluir na dieta elementos da sua rotina pode ajudar você a se disciplinar, diminuindo as chances de desistência", diz Roberta Stella. Uma opção para quem quer começar a fazer dieta pela internet é o programa de emagrecimento Dieta e Saúde, que é baseado na dieta dos pontos e possui diversos recursos que auxiliam na hora de escolher os alimentos mais saudáveis, além de aulas online com nutricionistas para tirar as suas dúvidas.  
mulher comendo salada - Foto Getty Images

Coma devagar

Um estudo feito pela Osaka University, no Japão, revelou que pessoas que comem muito rápido tem um risco 84% maior de desenvolver obesidade do que os demais. A pesquisa monitorou os hábitos alimentares de três mil homens e mulheres, analisando a velocidade de ingestão dos alimentos nas refeições. Isso acontece porque a sensação de saciedade, ou seja, de que estamos satisfeitos, é enviada pelo cérebro ao nosso corpo aproximadamente 20 minutos depois de começarmos a comer. ?Quem come rápido, acaba consumindo mais do que deveria, pois não dá o tempo adequado para a percepção da saciedade pelo cérebro?, diz o nutrólogo Roberto. Por isso, é melhor comer com calma e mastigar bem os alimentos. Além de ser bem mais saudável, essa prática ajuda no controle do peso. ?Fazer a refeição com pressa também impede que você sinta os sabores e texturas dos alimentos, tornando a refeição mais sem graça?, completa a nutricionista Roberta.  
homem comendo e usando o celular - Foto Getty Images

Invista nos aplicativos

"O primeiro passo para manter a dieta e evitar comer em excesso é estabelecer uma rotina alimentar", explica a nutricionista Roberta. E nada melhor do que usar a tecnologia para dar um empurrãozinho. A especialista recomenda usar os alertas do celular, por exemplo, para te ajudar a fazer as refeições no horário, ou então para lembrar de beber água e comer mais frutas. "Tirar fotografias das refeições para lembrar tudo o que comeu no almoço ou jantar também é uma dica para quem faz um diário alimentar", aconselha Roberta. Caso você faça a dieta dos pontos, o programa de emagrecimento online Dieta e Saúde possui um aplicativo de celular no qual é possível fazer uma busca de alimentos e conferir sua tabela nutricional, bem como a quantidade de pontos da refeição. O aplicativo é gratuito e está disponível para Android e iPhone. 
homem estressado no trabalho - Foto Getty Images

Acabe com o estresse

Pessoas em dieta constante tendem a comer mais e alimentos mais gordurosos quando passam por momentos de estresse, afirma uma pesquisa desenvolvida pelo departamento de psicologia da Universidade de Victoria, no Canadá. De acordo com os autores, as pessoas que alegavam comer mais do que o habitual e preferiam alimentos com mais calorias, gordura, sal, carboidratos e açúcar. A incidência de junk food também foi alta. "Quando passamos por momentos de muito estresse, é comum buscarmos o prazer imediato na comida, sob a justificativa de que merecemos algo mais saboroso, pois o dia foi difícil", explica a nutricionista Roberta. Se você é o tipo de que desconta o estresse na comida, experimente ter sempre alimentos mais saudáveis por perto e procurar outras formas de relaxar, como ouvir sua música favorita ou fazer exercícios de respiração, por exemplo. 
relógio ao lado de uma refeição - Foto Getty Images

Coma várias vezes ao dia

"Dizer que para emagrecer é necessário fechar a boca não passa de um mito", declara a nutricionista Roberta. De acordo com a especialista, passar longos períodos em jejum diminui o metabolismo, fazendo com que você exagere na refeição seguinte, saindo da dieta. "Ao passar horas sem comer, você sinaliza ao seu corpo que está passando por problemas, e ele começa a estocar toda a caloria ingerida, temendo que você passe por um jejum prolongado novamente e fique sem energia", explica a nutricionista. Além disso, nós também gastamos energia ao comer - mastigação, deglutição, digestão, absorção e mesmo o transporte de cada nutriente até as nossas células dependem de energia. "Quem come até seis vezes ao dia em quantidades adequadas para cada horário, consegue gastar até 10% da energia que precisa ser desencadeada em um dia", diz o nutrólogo Roberto Navarro. 

homem comendo enquanto assiste televisão - Foto Getty Images

Largue a televisão

Uma pesquisa feita pela área de medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, descobriu que pessoas que ficam muito tempo na frente da televisão engordam mais. Isso acontece porque, quando estamos vendo TV, nosso metabolismo descansa e, por isso, precisa de menos energia para se manter ativo, queimando menos calorias. "Quando você está distraído com a TV perde a noção do que está ingerindo, não tem uma boa mastigação e acaba comendo em excesso", diz Roberta Stella. 

Faça uma sobrancelha perfeita em casa em nove passos

A sobrancelha é um dos principais detalhes para valorizar o rosto. Um ou dois pelos removidos no lugar errado podem mudar a sua expressão ou deixar falhas que demoram a desaparecer, já que os pelos da região crescem mais devagar. O Minha Vida foi atrás de dermatologistas e designers de sobrancelhas e elaborou um passo a passo para que a sua sobrancelha feita em casa fique tão boa como a que é feita no salão. Confira. 

Mulher lavando o rosto - Foto: Getty Images

Prepare a pele e o material

Passe álcool na pinça e na tesoura que você irá usar e lave o rosto com água e sabão. Deixar a pele limpa ajuda a evitar alergias e irritações na região. "Escolha também um lugar com luz adequada e espelho grande, para permitir uma visualização de todo o rosto", sugere o dermatologista Fernando de Freitas, de São Paulo. 
Pomada - Foto Getty Images

Amenize a dor com pomadas

Se você costuma sentir muita dor para retirar o pelo, adote um hábito que vai mudar o seu sofrimento: "Use anestésicos tópicos, como cremes à base de lidocaína ou xilocaína, 20 minutos antes de tirar a sobrancelha", recomenda a dermatologista Luciana de Oliveira, Diretora Médica da Clinique des Arts, de São Paulo. Eles deixam a região anestesiada por alguns minutos, mas lembre-se de tirar todo produto com água para não atrapalhar a remoção dos pelos.  
Medidas de sobrancelha - Foto: Getty Images

Meça a sobrancelha de acordo com o seu rosto

O formato do seu rosto é que vai determinar como deve ficar a sua sobrancelha. Use um lápis para medir o ponto inicial (perto do nariz) e o ponto final (a "cauda" da sobrancelha). A dermatologista Luciana explica como: posicione o lápis verticalmente, passando pela dobrinha do nariz, para fazer o limite interno da sobrancelha (1). Depois, coloque o lápis na diagonal, passando da aba do nariz até o canto externo do olho, para marcar o limite externo. 

Você também pode delimitar o ponto em que a sobrancelha geralmente é mais alta: é aproximadamente o lugar que o lápis aponta quando está posicionado levemente na diagonal, passando pela aba lateral do nariz e no canto da pupila do seu olho.  

Mulher com lápis para marcar sobrancelha - Foto Getty Images

Use um lápis para marcar

Para deixar os limites da sobrancelha bem demarcados, faça uma risca com o lápis nos pontos que você mediu. Para evitar falhas, você também pode pintar com um lápis branco toda a pele ao redor da sobrancelha: os pelos que ficarem nessa área branca devem ser retirados. 
Pinça sextavada - Foto Getty Images

Segure corretamente a pinça

Escolha a pinça de inox (mais fácil de ser esterilizada) e com formato sextavado para facilitar a retirada, principalmente se você ainda não tem muita habilidade. A mão deve estar posicionada como se você estivesse escrevendo. "Nessa posição, a pinça fica deitada, dando tanto agilidade e leveza quanto o apoio e a firmeza que são fundamentais para não errar", sugere a designer Deise. Também é importante respeitar o formato natural da sua sobrancelha, afiná-la demais ou forçar desenhos diferentes pode não combinar com o seu rosto. 
Mulher usando a pinça de sobrancelha - Foto: Getty Images

Comece do lado certo

"Se você for apenas limpar, comece de fora para dentro", recomenda a designer de sobrancelha Deise Dias, do I9 Hair, em São Paulo. Mas, se for preciso fazer o desenho, comece no sentido inverso para ter mais cuidado e conseguir um melhor resultado. De acordo com a profissional, a ideia de que tirar os pelos da parte superior é incorreto não passa de mito: "Tem pessoas que precisam retirar os pelos dessa região para ficar com um formato mais bonito, é só não exagerar na remoção". 
Mulher usando escovinha de aparar os pelos - Getty Images

Apare os pelos

Segundo a designer Deise, nem sempre é preciso cortar os pelos. Isso vai depender do formato que a sua sobrancelha tiver naturalmente. Se necessário, apare os pelos mais longos. As designers de sobrancelha Helena Nicole Figueira e Ana Lúcia Aroza, do salão Fino Capelli, no Rio de Janeiro, recomendam pentear com uma escovinha para conseguir visualizar as regiões com mais concentração de pelo. "Tire com a tesoura apropriada apenas as pontinhas que ficarem fora do desenho e que não estiverem em regiões onde os pelos são mais ralos", explicam. Preserve os pelos que servem para disfarçar possíveis falhas. 
Mulher com lápis para arrumar sobrancelha - Foto Getty Images

Cubra falhas

Dificilmente uma sobrancelha é igualzinha à outra, porque naturalmente temos os dois lados do rosto diferentes. Usar o lápis de sobrancelha ajuda a melhorar essa diferença e cobrir as falhas. "Depois de pintar a região, esfume com o dedo para dar um efeito mais natural", recomenda a designer Deise. 
Mulher passando calmante no rosto - Foto: Getty Images

Cuide da pele

Após a retirada dos pelos, você pode passar um produto que acalme a vermelhidão da pele. "Pode ser chá de camomila, água termal ou um adstringente livre de álcool", indica o dermatologista Fernando. Evite a exposição ao sol logo após terminar o procedimento e tenha sempre o hábito de passar protetor solar para evitar as manchas na região. 






Oito tratamentos complementares que ajudam a combater a insônia


A insônia é um problema nacional: 69% dos brasileiros avaliam o seu próprio sono como ruim ou insatisfatório, segundo um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (IPOM) e divulgado dia 22 janeiro. Os remédios mais consumidos no país de 2007 a 2010, segundo a Anvisa, eram contra ansiedade e insônia

A falta de um sono tranquilo por vários dias deve ser tratada por um médico e pode precisar tanto de medicamentos quanto de mudanças de hábitos. Mas, para acelerar os resultados, é possível aliar ao tratamento algumas técnicas. A insônia é vista como um problema que esconde outras doenças e complicações, como depressão e estresse. É possível combater sintomas dessas doenças e garantir um corpo mais relaxado para cair no sono profundo. Confira algumas técnicas e descubra como elas agem no seu corpo.

Reflexologia - Getty Images

Reflexologia

Essa técnica parte do princípio de que os pés possuem diversos pontos que se relacionam com regiões do corpo humano. Por meio de uma massagem específica nessa parte do corpo, é possível estimular o bom funcionamento de órgãos, glândulas e outras estruturas do corpo.

"Conforme os pontos vão se libertando das toxinas, acontece um processo de limpeza e redução da tensão nas áreas do corpo, reativando a sensação de bem-estar e relaxamento", explica a massoterapeuta Thabata Martins, do Zahra Spa & Estética. Se a causa da insônia estiver relacionada a dores no corpo, ansiedade, estresse, dor de cabeça e outros problemas físicos ou emocionais, a reflexologia poderá ser uma grande aliada do tratamento. O número de sessões ecessárias varia de acordo com a gravidade do problema.

Acupuntura - Getty Images

Acupuntura

Outra técnica famosa por estimular pontos, mas dessa vez no corpo todo. "A medicina tradicional chinesa entende que um distúrbio orgânico pode decorrer de um desequilíbrio dos chamados meridianos energéticos do corpo", explica a fisioterapeuta e especialista em acupuntura Tatiana Dumaresq, da clínica Fisio & Quality. A acupuntura usa instrumentos, como agulhas específicas, para fazer estímulos que recuperam o equilíbrio energético. 

"Quando uma pessoa apresenta insônia associada a preocupações, estresse, emoções em desequilíbrio e outros problemas, pode recorrer à acupuntura como aliada do tratamento", conta a profissional. Será preciso passar por uma entrevista com o terapeuta para descobrir quais pontos deverão ser trabalhados. As sessões podem variar de uma a três vezes por semana, dependendo da gravidade da insônia. 

Homeopatia - Getty Images

Homeopatia

Reconhecida como especialidade médica no Brasil, a homeopatia prega que sintomas emocionais compõem o conjunto sintomático da doença e que precisam ser levados em conta para que o tratamento seja completo. A técnica, portanto, é ótima para combater a insônia que está ligada a problemas emocionais. O médico e homeopata Moisés Chencinski lembra, no entanto, que o remédio é usado para quem (paciente), e não para o quê(doença). "O medicamento homeopático é receitado após uma consulta médica específica, ou seja, ele é único para aquele quadro e para aquele momento da pessoa", explica o profissional. 

Floral de Bach - Getty Images

Floral de Bach

A terapia com Floral de Bach trabalha com as causas da insônia e não exatamente com o problema e os efeitos que ela provoca. "É preciso identificar a causa da insônia e trabalhar em cima dessas emoções, de maneira a reequilibrá-las e, assim, trazer de volta o sono tranquilo", conta a psicóloga Maria Aparecida das Neves, especialista em florais de Bach no Brasil.

Após uma análise de uma pessoa, por exemplo, pode-se perceber que ela é perfeccionista e tem muito medo de ser julgada pelas pessoas. "O floral irá ajudar a combater esse medo e perfeccionismo, pois eles podem causar uma ansiedade que provoca a insônia", diz a terapeuta Patrícia Alves, autora do livro ABC dos Florais de Bach. 

Terapia ortomolecular - Getty Images

Terapia ortomolecular

Essa técnica consiste no tratamento dos desequilíbrios químicos do organismo por meio da ingestão de vitaminas e minerais. A nutróloga e especialista em prática ortomolecular Sylvana Braga, de São Paulo, conta que o excesso de cortisol - conhecido como o hormônio do estresse - pode ser um dos agravantes da falta de sono tranquilo. "A terapia ortomolecular irá ajudar a regular esse hormônio para que o organismo fique relaxado à noite", explica. Além disso, é possível regular neurotransmissores cerebrais relacionados ao bem-estar, como a serotonina, adrenalina e dopamina, que também favorecem o sono. 
Meditação - Getty Images

Meditação

Quinze minutinhos de exercício diário de meditação podem fazer com que você, aos poucos, consiga atingir um estágio mental de profundo relaxamento. "A técnica, além de ajudar a enxergar o que precisa ser mudado, dá força interna pra encarar essas mudanças", explica a professora de Yoga Integral Wal Nunes, do Studio Yoga Integral. Ela também indica a yoga como arma para ajudar a combater a insônia: "Durante a prática, o corpo libera endorfina e aumenta a sua temperatura, o que irá provocar uma sonolência maior ao final do dia". 
Microfisioterapia - Getty Images

Microfisioterapia

É uma técnica francesa ainda pouco conhecida no Brasil, mas que age diretamente sobre a causa primária dos sintomas da insônia, como traumas emocionais, físicos, ambientais e tóxicos. "A microfisioterapia trabalha na reabilitação do sistema como um todo, agindo de dentro para fora e utilizando apenas microtoques ou palpações sutis no corpo do paciente", explica o fisioterapeuta Ricardo Hoffmann, especialista em Microfisioterapia, Decodificação Biológica e Terapia Manual. Ela é indicada para diversos problemas relacionados à insônia, como distúrbios do sono, além de depressão, pânico, fibromialgia e ansiedade. 
Shiatsu - Getty Images

Shiatsu

Segundo o fisioterapeuta Vitor Kenji, a massagem shiatsu é uma das formas mais eficazes de equilibrar o sistema nervoso. "Por meio da técnica de digitopressão, há uma liberação de encefalina, endorfina e serotonina que, além de serem analgésicos naturais, são neurotransmissores que reduzem o estresse e melhoram a qualidade do sono", afirma o profissional. Essa técnica oriental utiliza os dedos e a palma das mãos para fazer pressão na pele, atingindo os mesmos pontos trabalhados na acupuntura. 



quarta-feira, 13 de março de 2013

Entenda como cada forma de consumo do tabaco é prejudicial à saúde


A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou nesta terça-feira (12) que conseguiu reverter a liminar do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco. O sindicato havia conseguido na justiça um veto a resolução da Anvisa, que proibia o uso de aditivos em cigarros e derivados  - entre eles o mentol, comumente usado para dar sabor ao cigarro. Esse e outros derivados do tabaco com sabor, como fumo para narguilé, devem sair do mercado até março de 2014. 

De acordo com a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada pelo Ministério da Saúde, o percentual de fumantes no país passou de 16,2% em 2006 para 14,8% no ano passado. De acordo com o Ministério, é a primeira vez que esse índice fica abaixo dos 15%.

No entanto, é comum os fumantes largarem o cigarro industrializado e partirem para outras formas de consumo do tabaco, como charutos, cachimbos, narguilés e cigarrilhas, que também são perigosas. "As pessoas tem uma ideia de que apenas cigarro industrializado é que faz mal, porém todas as formas de fumo são derivadas do tabaco e nenhuma delas é segura ou isenta de dano", afirma a psicóloga Sabrina Presman, conselheira da Associação de Estudos sobre Álcool e Drogas. 

As doenças relacionadas ao tabaco são diversas: aumento do ritmo cardíaco, infarto agudo do miocárdio, derrame cerebral, angina, elevação do colesterol ruim (LDL), menopausa precoce, gastrite, úlcera gástrica, enfisema pulmonar, bronquite crônica, doença obstrutiva arterial periférica, tromboangeite obliterante, obstrução progressiva das artérias que pode culminar em amputação e câncer no fígado, rins, coração e pulmões, além dos sintomas agudos como irritações nasais, na garganta e nos olhos, tonturas e dor de cabeça. Entenda como cada forma de consumo de tabaco é nociva à saúde e largue de vez todos os vícios! 

mulher segurando um cigarro sujo de batom - Foto: Getty Images

Cigarro industrializado
De acordo com o pneumologista Elton Rosso, consultor da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, todo componente do cigarro é nocivo à saúde. Além disso, as concentrações de nicotina costumam ser menores do que as de outras formas de consumo do tabaco, sendo necessário fumar mais cigarros para abater o vício, ou seja, ter contato com ainda mais componentes tóxicos. 

Cigarros ditos mentolados, que são aqueles com sabor, como menta e cravo, também devem ser evitados. Elton Rosso afirma que os aditivos presentes nesse cigarro não amenizam o efeito nocivo do tabaco, mais ainda não é possível medir as consequências do consumo desses aditivos. "Não sabemos como esses produtos são adicionados ao tabaco, já que é uma informação confidencial", afirma o pneumologista. "Por isso, é difícil dizer quais são as consequências da ingestão dessas substâncias." 

adolescente fumando um narguilé - Foto: Getty Images

Narguilé
Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) afirma que uma sessão de narguilé de 80 minutos equivale a nada menos do que fumar 100 cigarros. De acordo o pneumologista Elton, o fumo utilizado no narguilé contém as mesmas substâncias tóxicas do tabaco - nicotina, alcatrão, monóxido de carbono e metais pesados. "No entanto, ele possui uma concentração maior de nicotina, tornando o risco de dependência maior", diz. 

Além disso, o usuário de narguilé pode tornar-se rapidamente fumante de cigarro, porque fica viciado facilmente na nicotina. "Ao contrário do que dizem, a água do narguilé não filtra a fumaça, somente a deixa mais fria, o que inclusive potencializa o aparecimento de doenças", declara o pneumologista. Enfraquecimento dos dentes e câncer na boca são os principais males decorrentes do narguilé, sendo que os riscos de desenvolver problemas de saúde são iguais aos do cigarro, ainda que a pessoa não fume com frequência. 

cachimbo - Foto: Getty Images

Cachimbo
"A imagem do cachimbo está associada no inconsciente das pessoas como símbolo de elegância e gerador de inteligência, comportamento que pode levar ao vício", diz Elton Rosso. O cachimbo é feito com a mistura de dois tipos de tabaco, a Nicotiana tabacum e a Nicotiana rústica, e não é envolvido em papel ou qualquer outro aditivo, salvo os fumos para cachimbo que contêm sabor. 

Fumantes de cachimbo podem achar que correm menos riscos porque não estão tragando a fumaça, mas o pneumologista Elton afirma que "há evidências científicas de que, mesmo sem a pessoa tragar, tanto o charuto quanto cachimbo podem ser tão nocivos quanto o cigarro". As chances de a pessoa ficar viciada em cachimbo não são muito diferentes das do cigarro e esse tipo também está associado ao aumento da mortalidade por câncer de pulmão, laringe, esôfago e outros graves problemas na cavidade oral. 

homem fumando charuto - Foto: Getty Images

Charuto
Quem fuma charuto apresenta um aumento de 45% no risco de desenvolver doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e 27% mais chances de sofrer de doenças cardíacas. "O charuto mantém as folhas do tabaco inteiras e não possui filtro, intensificando os danos", diz Elton Rosso. 

A conselheira Sabrina Presman, da Associação de Estudos sobre Álcool e Drogas, explica que a folha usada no charuto é queimada ao sol, diferente dos cigarros industrializados, nos quais a folha é queimada em um forno a altas temperaturas. "Essa diferença altera o pH da folha, fazendo com ela seja absorvida pela mucosa da boca em vez de pelo pulmão", explica Sabrina. Por conta disso e pela falta de filtro, o risco de o fumante desenvolver câncer de boca aumenta em relação ao cigarro industrializado.

adolescente segurando um cigarro de palha - Foto: Getty Images

Cigarro de palha
Também conhecido por palheiro, pó ronca ou paiol, o cigarro de palha é artesanal e muito presente na cultura brasileira, sendo comum encontrá-lo em regiões rurais, onde as comunidades tradicionais ainda preservam o costume de montar o cigarro com o fumo de corda picado. Em áreas urbanas, o cigarro de palha é montado com o fumo industrializado à venda, que é equivalente ao fumo do cigarro. 

A diferença desse tipo para o cigarro industrializado é que o fumo é envolto em palha em vez do papel e não possui qualquer tipo de filtro, sendo a forma mais nociva de inalação da fumaça." A palha não permite a passagem de ar de dentro para fora do cigarro e torna as tragadas mais intensas e concentradas", afirma Sabrina Presman. O consultor da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia Elton Rosso complementa que um cigarro de palha equivale a fumar três cigarros industrializados, elevando portanto o risco de dependência e aparecimento de doenças como câncer de pulmão, rins e estômago, além de infarto agudo do miocárdio e enfisema pulmonar.  

cigarrilha ao lado de uma taça de vinho - Foto: Getty Images

Cigarrilha
Esse tipo de fumo é como uma versão mais curta e estreita do charuto. Ao contrário dos cigarros, que são envolvidos em papel, as cigarrilhas são envolvidas em folhas de fumo. "Os teores de nicotina deste produto são mais elevados, desencadeando maior dependência e mais chances de desenvolver doenças relacionadas ao tabaco", afirma Elton Rosso. De acordo com o pneumologista, não se fala muito nesse tipo porque o consumo não é tão comum quanto o do cigarro. "Mas devem ser evitados da mesma forma", lembra. 

fumo de corda enrolado - Foto: Getty Images

Fumo de corda
Chamado também de fumo de rolo ou fumo crioulo, o fumo de corda é um tipo de tabaco torcido e enrolado, normalmente utilizado para confeccionar cigarros de palha, mas que também pode ser consumido mascando-se pequenos pedaços. As folhas são enroladas para formar a corda, que é curada ao sol durante 60 a 90 dias e torcida várias vezes. "Quando mascado, o fumo de corda libera a nicotina diretamente na mucosa da boca do usuário, aumentando o risco de câncer nessa região", explica Elton Rosso. Os níveis de dependência são iguais aos do cigarro de palha, tanto na sua forma mascada quando inalada.  

Folha de tabaco - Foto: Getty Images

Folha de tabaco
Tabaco de mascar é um tipo de produto consumido pela colocação de uma porção do tabaco entre a bochecha e a gengiva ou mascando essa porção com os dentes. Ao contrário das outras formas de fumo, a folha deve ser mecanicamente esmagada com os dentes para libertar o sabor e nicotina. "Os níveis de zinco, chumbo e polônio são encontrados em maiores quantidades nessa forma de consumo, aumentando os riscos de câncer no geral", diz o pneumologista Elton. Os riscos de vício também são mais elevados, já que a nicotina é liberada diretamente na mucosa bucal do usuário.